Por 15 anos eu trilhei o sonho de construir uma carreira dentro de uma grande multinacional, buscando novas experiências e galgando degraus cada vez maiores. Onde pudesse contribuir e utilizar minhas habilidades e capacidades para mudar as coisas, bem como um ótimo salário e o status de ser gestor em empresas líderes em seus segmentos no Brasil.

Tudo estava indo muito bem até que num determinado momento, nada mais fazia sentido para mim não existindo mais conexão entre o que eu acreditava e o que a empresa oferecia.Não havendo mais essa conexão procurei novas alternativas e acabei me agarrando na primeira oportunidade, em tornar-me um empreendedor aceitando o convite de pessoas que tornaram-se meus sócios, porém esta empresa fechou as portas em um ano, deixando um grande prejuízo financeiro, mas também um enorme aprendizado.

Não dando certo a primeira tentativa e antes de voltar ao mercado de trabalho disse a mim mesmo que iria tentar mais uma vez, mas com algo que eu gostasse verdadeiramente de fazer, e como descobri isso?

Comecei a analisar em minha vida o que eu gostava de fazer? O que me fazia sentir a melhor pessoa do mundo? E observei que tudo se direcionava para o período que eu era gestor e visualizei que haviam algumas situações, mas principalmente um ponto de início, que me encaminharam a trabalhar com o que faço hoje.

Tudo começou em uma palestra que ministrei para estudantes de engenharia que visitaram a empresa e apresentei a eles a fábrica e seus sistemas de gestão e produção. Mas foi no meio da apresentação que o momento mágico aconteceu, quando um dos alunos me fez uma pergunta e então a conexão entre eu e os estudantes aconteceu, isso me deixou num estado de euforia sem tamanho, que se estendeu ao longo de todo o dia.

Percebi também que adorava participar de cursos de autodesenvolvimento, liderança e gestão. Sentar com pessoas e equipes para falarmos sobre o desenvolvimento delas e ajudá-las a encontrar soluções para os problemas. Bem como construir, mas principalmente conduzir encontros que estimulam as relações entre as pessoas dentro de uma empresa para construção de uma verdadeira equipe.

E com o tempo tive o privilégio de ter alguns presentes em frases, como por exemplo: “Você foi a única pessoa que sentou comigo e construiu um plano de desenvolvimento. ”, “Agradeço por você ter me aberto a oportunidade de contribuir e auxiliado no meu crescimento.” e “Você é a única pessoa que olha para nós.”.

Além do resultado que via no dia a dia com as pessoas, tive a certeza que estava no caminho certo, quando de forma numérica foi apresentado o resultado pesquisa de clima das áreas sob minha gestão, antes da minha saída da empresa, com elevado nível de satisfação proveniente da minha forma de atuação, mais do que ter a prova do que eu fazia funcionava, foi ter a certeza do que eu acreditava e agia, não fazia sentido somente para mim, mas para todos que trabalhavam comigo.

Depois desta auto análise fundei a PENSAR, uma empresa que trabalha com Educação Empresarial focada no desenvolvimento de comportamentos, capacidades e competências de Líderes, Gestores, Empreendedores e Equipes, e hoje estou muito feliz pelo que faço.

Então a dica que dou é: analise o que você gosta de fazer? O que te deixa sentido-se útil e produtivo? A partir daí você pode fazer duas coisas: uma é procurar um trabalho, não mais um emprego, que esteja conectado com o que você gosta ou transformar o que você gosta em uma empresa com um produto ou um serviço vendável.

Alerto que não significa que trabalhando com o que gostamos tudo vai ser bem legal e maravilhoso. Sempre existirão coisas que não gostamos de fazer, por isso deixo a seguinte frase “Para viver e ter a vida que queremos, sempre teremos que fazer algo que não gostamos.”. Mas com o tempo essas coisas se tornarão menos incomodativas e irritantes a medida que os resultados se tornarem-se visíveis.

Autor: Daniel Fünkler Borelli

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