Assunto: Cultura e Gestão de Pessoas Tempo de leitura de 4 minutos
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Em abril deste ano, o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), que entrevistou 205 líderes empresariais, na sua maioria executivos C-level (52,68%) e conselheiros de administração (25,85%), apontou que 90,2% não estavam preparados para essa crise e sequer tinham um plano de contingencia.
O baixo índice de preparação das empresas para enfrentar momentos de crise só amplifica as dificuldades que poderiam ser minimizadas ou neutralizadas se existissem planos pré-estabelecidos de contenção e redirecionamento das operações para momentos de descontinuidade das empresas.
Compreendendo essa realidade é vital definir ações, mesmo que em um primeiro momento possam ser impulsivas e instintivas, que contribuam para a sobrevivência e continuidade do funcionamento das empresas. Algumas orientações do que uma empresa pode fazer para enfrentar esse momento são:
Módulo de sobrevivência
Situações extremas exigem atitudes extremas. Analise gastos da empresa e verifique se essas despesas podem ser suspensos temporariamente ou se pode ser realizados pela própria empresa. Por exemplo a limpeza hoje feito por uma empresa terceira, compartilhar essa função de manter limpa a empresa com todos os colaboradores da empresa.
Neste intervalo que vivemos entre o surto até o novo normal é necessário gastar exclusivamente com o que mantem a empresa funcionando, mesmo que esteja sujeito a riscos, já que o “SE ACONTECER” não tem espaço para o que estamos enfrentando agora.
Olhar para passado
Uma ótima forma de encontrar alternativas é olhar qual era a estrutura de recursos humanos, despesas, compra de matéria prima, preço de venda, entre outros, quando a empresa faturava e lucrava, o que a empresa está faturando durante essa crise.
Negociar é preciso
Negocie a prorrogação no prazo de pagamento com fornecedores e antecipação de recebimento com os clientes. Independente do valor captado tudo ajuda no fluxo de caixa da empresa, ponto fundamental para garantir a sua continuidade.
Repensar o trabalho
Repense a forma que a empresa funciona como ela compra, contrata e produz. Empresas como a Startase, uma das maiores empresas de educação de negócios e inovação, por exemplo, não tem mais escritório, já que no inicio da pandemia entregou suas salas que tinha em São Paulo e passou a trabalhar 100% na modalidade home office, eliminando assim as despesas com aluguel.
Explorar o novo
Busque novos produtos e serviços para seu negócio. Existe um termo em inglês muito usado que diz “Follow the money”, traduzido em português “Siga o dinheiro”, significa verificar como, quando e onde seus clientes, estão gastando seu dinheiro. Esta é uma fonte de informação que irá ajudar você a encontrar alternativas para o negócio. Como também reavaliar como o seus produtos e serviços podem ser utilizados de outra maneira. O caso mais recente veio da rede de hotéis Accor que, vendo suas habitações desocupadas pela restrição do fluxo de pessoas, transformou-se em home offices.
Neste período de pandemia, para auxiliar os clientes a saírem deste momento da melhor forma possível, sempre coloco a seguinte premissa antes de começar qualquer trabalho:
Com as condições externas que se apresentam e com os recursos que tem como pode agir a partir de agora?
Porque essa é a nossa realidade, essa pandemia não é passageira, é preciso entender esse cenário e atuar de modo a identificar como eu posso trabalhar a partir de agora.
Somente desta forma será possível ter consciência da realidade que a empresa está inserida e assim encontrar alternativas que irá ajudar a atravessar esse momento caótico, complexo e imprevisível que vivemos e reunir a capacidade de redirecionar a empresa a se estabelecer em um novo normal.
Autor: Daniel Fünkler Borelli
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