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Assunto: Gestão e Execução Tempo de leitura: 8 minutos
Encontramos três padrões diferentes no relacionamento entre empresas e cultura, e todos revelavam altos níveis de clareza, eficiência na comunicação e coerência.
A demanda por velocidade é cada vez maior nas empresas para lançamento de produtos, para se resolver problemas ou tomar uma decisão, porém em uma estrutura organizacional rígida ou vertical (a partir de 3 níveis hierárquicos) o que menos se tem é velocidade.
Existem diversos pontos que contribuem para que uma estrutura hierárquica corrobore para essa morosidade dentro de uma empresa, mas os principais são a departamentalização da informação e a centralização do poder.
Esses dois fatores contribuem diretamente para o aumento do controle que por consequência amplia a desconfiança penalizando o resultado de uma empresa, como cita Richard Barret no livro Organização Dirigida por Valores, “Quanto maior o nível de confiança, menor a burocracia, maior a eficiência, menor o tempo e maior o resultado.”
Para que a empresa possa ampliar a rapidez e agilidade em seus processos é necessário que ela estruture práticas que contribuam para uma modelo aberto e dinâmico com base na confiança entre os líderes, gestores e demais pessoas que fazem parte da empresa.
Em um dos casos que estudei o tempo de desenvolvimento caiu pela metade quando foram derrubadas as barreiras criadas por estruturas hierárquicas centralizadoras e adotadas algumas práticas que facilitem a autonomia e diminua a burocracia.
Descentralize a tomada de decisão. Por exemplo, as pessoas mais próximas do cliente devem tomar a decisão relacionada ao produto e serviço que oferecem, pois o que acontece hoje é que quando um cliente liga reclamando, com sorte aguarda uma semana por um retorno.
Fora a insatisfação do cliente que provavelmente não comprará de você novamente, imagine quantas pessoas foram necessárias mobilizar para resolver um problema que com um simples compartilhamento de informações e definição da autonomia poderia ser resolvido de forma imediata.
Crie equipes multidisciplinares em toda a empresa ou, como gosto de chamar, núcleos temporais e atemporais, que são grupos de pessoas responsáveis pelo início ao fim de qualquer demanda.
Essa responsabilidade por todo o processo dá liberdade para a equipe resolver os próprios problemas, tomar decisões e desenvolver melhorias construindo uma autonomia que irá refletir em maior velocidade na entrega dos resultados principalmente no ciclo de aprendizado tão importante para as empresas se desenvolverem e evoluírem.
Simplifique os processos e procedimentos. Quantas pessoas são necessárias para aprovar um pedido de compra em sua empresa ou quanto tempo leva entre o recebimento de um pedido até a entrega do produto ao cliente. As únicas coisas que crescem automaticamente são as sementes e os procedimentos burocráticos.
Enfatize o simples, pois quanto mais simples, mas rápido e mais barato. Pense que se uma resposta ou tomada de decisão levar mais de 1 dia ou uma ação mais de 14 dias para ser implementada, ambas devem ser abandonadas.
Estabeleça 1(um) foco, muitas empresas possuem diversos objetivos, com seus projetos estratégicos com inúmeros indicadores que direcionam as pessoas para inúmeros interesses na sua grande maioria conflitantes aos interesses da empresa.
Existem empresas que trabalham com um objetivo por ano e um objetivo por dia que irá aproximar do objetivo anual. Não existe problema algum em mudar o objetivo de uma hora para outra, por circunstância externa ou interna, o importante é contextualizar a equipe e toda a empresa da nova realidade e os motivos que levaram a essa mudança e apontar a nova direção.
Essas são práticas que ampliarão a segurança e confiança das pessoas que, consequentemente, irão responder com maior criatividade, velocidade e eficiência as demandas do dia-a-dia.
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Autor: Daniel Fünkler Borelli